Dra. Cristiana Silveira, Médica Dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD). É Mestre em Dermatologia pela Universidade de São Paulo (USP) e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA). CRM 14456/ RQE 5895
Antes de tudo não podemos nos esquecer que nas viagens de avião não podemos levar produtos em aerosol e as embalagens não podem passar dos 100 ml.
A umidade relativa do ar dentro da aeronave costuma ser muito baixa, algo por volta de 10%, o que gera um ressecamento intenso e brusco da nossa pele, cabelos, olhos, nariz e lábios. A pele ressecada encontra-se mais vulnerável a processos alérgicos e infecciosos portanto, não é bom descuidar. Sabendo destes detalhes devemos caprichar na hidratação da pele antes da viagem usando um bom hidratante em todo o corpo antes de sair de casa. É bom levar também uma quantidade extra caso precise reaplicar o hidratante durante o vôo. Outra área que sofre muito com o ressecamento são os nosso lábios. Por mais que eles estejam ressecados, não devemos passar saliva pois a saliva costuma causar forte irritação na pele e piorar o ressecamento. Leve sempre um hidratante labial e passe a vontade. Quem usa lentes de contato não pode esquecer de levar um colírio lubrificante para aplicar sempre que sentir os olhos ressecados. Por uma questão de praticidade é sempre bom ter a mão lenços umedecidos para a limpeza da pele e para retirar resíduos de maquiagem. Os cabelos podem permanecer presos desde que não seja de forma apertada e, podemos aplicar algum creme leave-in nas pontas para evitar o ressecamento.
Viajar é sempre bom mas traz alguns prejuízos ao nosso corpo além da pele. A mudança de fuso horário, a privação de sono, o cansaço e a má alimentação podem gerar quadros de irritabilidade, dores pelo corpo, problemas gastrointestinais, edemas nos membros inferiores e aumento do risco de trombose. Em vôos longos, esses riscos são ainda maiores. Devemos evitar ingerir bebidas alcoólicas e aumentar a ingestão de água pois a desidratação aumenta a chance de trombose. Se possível devemos nos movimentar durante o vôo e, enquanto estivermos sentados, devemos movimentar as pernas e pés e usar meias elásticas se for indicado pelo seu médico .
2-Gavish I1, Brenner B. Air travel and the risk of thromboembolism.Intern Emerg Med. 2011 Apr;6(2):113-6.
3-Haugli L, Skogstad A, Hellesoy OH. Health, sleep, and mood perceptions reported by airline crews flying short and long hauls. Aviat Space Environ Med. 1994 Jan;65(1):27-34.
O STYLE GUIDE SUGERE:
As mãos costumam ressacar muito nessas viagens. Tenham sempre um creme para as mãos na sua necessaire. Gostamos muito desse creme para as mãos da L’Occitant a base de Karité.
Levem sempre lencinhos umedecidos na bolsa. Eles servem para refrescar o rosto ou higienizar mãos. Gostamos muito dos da Mustela, pois possuem 98% de ingredientes de origem natural. Possuem extrato de Folhas de Aloé Vera de Folhas e Raízes de Saponária. E são 0% álcool, parabenos, ftalatos, fenoxietanol. E ainda tem fórmula de elevada tolerância e hipoalergênica. E pode ser usada por adultos e crianças!
As máscaras noturnas são a nova febre do momento. Elas prometem revigorar, tratar e hidratar a pele. Gostamos de usá-las em longas viagens. Sugerimos essas máscaras de Tratamento Facial Noturna da Sephora e existem algumas versões da máscara de acordo com o que você procura. Vale testar!
Outra coisa que nao pode faltar na sua necessaire são os protetores e regeneradores labiais. Eis alguns abaixo que sugerimos:
A micose que acomete as unhas (onicomicose) afeta aproximadamente 10% da população mundial. O tratamento deste tipo de micose é geralmente prolongado podendo durar 1 ano ou mais e, envolve quase sempre o uso de medicação por via oral.
Além do longo período de tratamento, existem ainda os efeitos colaterais que podem ocorrer com uso destas medicações. Por conta destas limitações, o tratamento a laser tem se tornado uma opção promissora nos casos de micose nas unhas e está indicado para os casos em que houve falha no tratamento convencional ou quando o paciente apresenta alguma contra indicação ao uso das medicações tradicionais.
O calor emitido pelo laser consegue destruir o fungo sem gerar dano na estrutura da unha. O tratamento a laser é não invasivo e o paciente pode retornar as suas atividades normalmente após as sessões.
O FDA aprovou recentemente o tratamento a laser em casos de micose das unhas. Este tratamento deve ser indicado pelo seu médico dermatologista e o seu uso é mais adequado para casos em que exista algum impedimento ao tratamento tradicional ou em pacientes que já apresentaram algum efeito colateral a medicação utilizada por via oral.
Para evitarmos o aparecimento de micoses devemos evitar compartilhar esmaltes, lixas de unhas ou qualquer material que entre em contato com a pele e usar tesouras e alicates esterilizados em autoclave.
Unhas em gel e esmaltes em gel: quais os riscos que corremos ?
A utilização das unhas em gel ou esmaltes em gel tem se tornado uma prática muito popular nos últimos anos, pela praticidade, pela beleza e maior durabilidade do método quando comparado com as outras opções existentes no mercado. Primeiro eu vou explicar a diferença entre essas duas técnicas. As unhas em gel representam uma forma mais moderna de unhas postiças. Elas são compostas por uma substância que pode ser facilmente moldada a unha e que passa por um processo de endurecimento após a exposição a luz artificial. Os esmaltes em gel têm a mesma função dos esmaltes comuns com a praticidade de durar muito mais e não perder o brilho, mesmo quando exposto as agressões externas do dia a dia. Mas se esses tratamento são tão bons, porque devemos nos preocupar?
Os esmaltes e unhas em gel, por terem a grande vantagem de durarem mais, possuem grandes desvantagens pelo mesmo motivo. Elas duram mais pois a substância em gel adere melhor as unhas, e é justamente essa permanência prolongada que pode causar o enfraquecimento além de proliferação bacteriana e fúngica. É necessário a utilização de solventes especiais para a remoção tanto da unha em gel quanto do esmalte em gel e essas substâncias são mais abrasivas que os removedores tradicionais, além do risco potencial de alergias.
Na verdade além destes já conhecidos riscos descritos acima, existe um agravante até então desconhecido pela maioria das pessoas, que está relacionado a necessidade da utilização da luz “ultravioleta A” para que ocorra o endurecimento do gel. Estudos recentes conseguiram medir a radiação emitida por dois dispositivos de luz UV das duas das marcas mais conhecidas no mercado e, notou que essa radiação, apesar de baixa, não era tão inofensiva como se pensava. Na verdade, apesar da quantidade de radiação UVA emitida por sessão ser muito pequena, o problema não está na exposição ocasional a essas técnicas mas sim no uso contínuo desses dispositivos, pois o dano pela radiação ultravioleta é cumulativo e o efeito só é percebido a longo prazo. A exposição frequente pode gerar lesões semelhantes as causadas pela radiação “ultravioleta A” na nossa pele como envelhecimento precoce, manchas e até mesmo câncer de pele .
Mesmo com essas informações não há motivo para pânico. Até que essas novas informações sejam comprovadas e novas medições sejam feitas, é prudente usar luvas com proteção ultravioleta ao fazer esses tratamentos ou, usar um filtro solar que possua proteção contra radiação “ultravioleta A”, 30 minutos antes da sessão. As unhas e os esmaltes em gel quando utilizados com cautela, em situações específicas como uma viagem prolongada ou por quebra da unha desde que seja evitado o seu uso contínuo associado a adequada proteção da pele, não oferece grandes riscos.
Referências
1- Diffey BL .The risk of squamous cell carcinoma in women from exposure to UVA lamps used in cosmetic nail treatment.
Mais de noventa por cento dos casos de câncer de pele, e grande parte do envelhecimento precoce, são causados pela radiação ultravioleta A e B. A radiação ultravioleta A, que penetra até as camadas mais profundas da pele, tem um papel importante no desenvolvimento de câncer de pele, além disso destrói o colágeno, principal proteína de sustentação da nossa pele. A intensidade da radiação ultravioleta não diminui com o passar do dia, está presente no sol da manha manhã e também no final da tarde. Já a radiação ultravioleta B, que alcança níveis mais elevados entre as 10 as 16h do dia, atinge apenas as camadas mais superficiais da pele, participando da formação de queimaduras, envelhecimento precoce, câncer de pele, além de estimular o bronzeado. Os dois tipos de radiação conseguem atravessar a água, as nuvens, vidros não tratados, e são refletidas pela areia ou neve.
Uma forma muito eficiente de proteção contra a radiação ultravioleta é o uso de roupas especiais ou roupas com proteção UV. Abaixo seguem algumas informações muito úteis para quem usa este tipo de roupa.
1- Qualquer tecido oferece proteção contra a radiação ultravioleta, alguns materiais são mais eficazes, como a poliamida, outras menos, como o algodão.
2- Quanto maior os espaços entre as fibras de um tecido pior, pois a radiação ultravioleta consegue atravessar os espaços entre as fibras da roupa.
3- Os tecidos que possuem coloração escura conseguem proteger mais do que tecidos de coloração clara.
4- O fator de proteção diminui quando o tecido está molhado ou quando é esticado, como quando ocorre durante o movimento por exemplo.
5- As roupas feitas com tecidos que passaram por testes específicos, que garantem uma proteção mínima, são chamadas de roupas com proteção ultravioleta. Estes testes garantem que a roupa mantenha o seu o fator de proteção ultravioleta mesmo em condições de movimento ou quando está molhada.
6- A nomenclatura utilizada para graduar a proteção solar é FPU ( Fator de proteção ultravioleta) e não FPS (Fator de proteção solar ) utilizado para filtros solares de uso tópico.
7- O ideal é que o FPU seja de 50+, isso significa que quase 100% da radiação é bloqueada quando em uso da roupa.
8- Quanto maior a área de cobertura da roupa melhor, não tem muita lógica comprar um biquini ou sunga que tenha FPU pois protege uma área ínfima do corpo.
9- Se você não tiver roupa com proteção ultravioleta prefira tecidos feitos com fios de poliamida, lycra ou poliéster. Cheque esta informação na etiqueta da roupa.
10- Não compre a roupa UV muito apertada pois o tecido quando esticado diminui a sua eficiência.
11- Uma alternativa para o calor é o uso de manguitos que podem ser removidos . Usamos a roupa quando expostos ao sol e a retiramos quando chegarmos em local mais protegido (foto).
12- A roupa perde sua proteção se estiver rasgada ou esgarçada. Nestes casos, deve ser trocada imediatamente .
13- Use e abuse de roupas com proteção ultravioleta e aproveite o seu verão !!
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O STYLE GUIDE INDICA:
Gostamos bastante dos produtos da UV Line, pois as peças possuem máxima proteção FPU50+ permanente. O Tecido é 100% poliamida, o que deixa a peça super leve. Além de vários design de roupas, você ainda encontra acessórios como chapéus, luvas e guarda-sol. E eles ainda possuem produtos para toda a família!
Foto: Reprodução/ Divulgação: Loja UV Line – Linha Feminina
Foto: Reprodução/ Divulgação: Loja UV Line – Linha para meninos
Foto: Reprodução/ Divulgação: Loja UV Line – Linha Meninas
Foto: Reprodução/ Divulgação: Loja UV Line – Linha Masculina
Já é de conhecimento geral que a proteção contra a radiação solar é essencial para evitarmos o câncer de pele e o envelhecimento precoce, porém você conhece todas as formas de proteção contra a radiação UV?
As formas mais comuns de proteção solar envolvem a utilização de cremes ou loções. Esses cremes atuam refletindo a radiação solar que chega até a nossa pele. Outras formas de proteção como roupas sombreiros, chapéus e óculos escuros formam uma barreira mecânica que bloqueiam os raios solares impedindo que eles alcancem a nossa pele. O que nem todos conhecem é o protetor solar sob a forma de cápsulas. Essas cápsulas contém substâncias que possuem poder antioxidante, conseguindo neutralizar e reparar as agressões causadas pela radiação solar . Antes de falar sobre cada substância, vale a pena ressaltar que, apesar do nome, o protetor solar em cápsulas não deve ser utilizado em substituição ao filtro solar tradicional. Nada conseguiu até o momento substituir os filtros solares em creme ou as barreiras físicas como roupas, chapéus ,óculos escuros como forma de proteção solar. Na verdade o ideal é que todas as três formas de proteção atuem em conjunto, com cada uma delas contribuindo de forma específica para manter a nossa pele saudável .
Confiram a seguir as substâncias mais comumente utilizadas para este fim e os seus benefícios:
1- Polypodium leucotomos
O poder antioxidante do Polypodium leucotomos deriva primariamente do ácido cafeico e do ácido ferrúlico presentes neste extrato. O Polypodium leucotomos consegue reduzir a vermelhidão, assim como o processo inflamatório e a perda de colágeno que ocorre após a exposição solar . Algumas pesquisas, ainda em fases iniciais, associaram o uso desta substância com um menor risco de câncer de pele. Outros usos na dermatologia incluem doenças como vitiligo, melasma, dermatite atópica, psoríase dentre outros. Apesar de tantos benefícios demonstrado nas pesquisas preliminares, estudos mais profundos são necessários para que o uso do Polypodium leucotomos seja consolidado para essas e outras indicações.
Tal substância não é inócua deve ser usada com cautela em diabéticos e em pacientes com úlcera e gastrite. Além disso, não existem ainda estudos que comprovem a sua segurança em pacientes que estejam grávidas ou amamentando.
2- Pycnogenol
O Pycnogenol é uma substância muito utilizada em várias áreas da medicina e possui múltiplas funções. Na dermatologia usamos o Pycnogenol por via oral como medida auxiliar no tratamento de manchas como o melasma e na prevenção dos danos causados pela radiação solar.
3- Beta Caroteno
O suplementos que possuem o beta caroteno em sua composição são usados como forma de proteção contra danos causados pela radiação ultravioleta. Os estudos científicos mostram que o uso oral de uma dose diária fixa de beta caroteno pelo período de 10-12 semanas produz um efeito protetor contra a vermelhidão causada pelo sol, porém não protege contra os danos causados por uma exposição solar intensa.
Apesar de não substituir as formas tradicionais de proteção solar, essas substâncias se apresentam como terapia auxiliar na proteção contra a radiação ultra violeta além de possuir vantagens como proteger toda a superfície da pele de uma vez, não sofrer influências do suor e não perder sua eficiência quando estamos na água por exemplo. Como qualquer substância que age por via oral , os protetores solares em cápsulas possuem sua indicação precisa e efeitos colaterais, além de riscos de processos alérgicos. Por isso, procure sempre o seu dermatologista.
O STYLE GUIDE SUGERE:
A Heliocare, marca espanhola super conceituada quando o assunto é proteção solar, tem dois tipos de cápsulas, as Heliocare Cápsulas e as Heliocare Ultra-D Cápsulas.
Heliocare Cápsulas, apresenta na sua composição Fernblock – Extracto de Polypodium Leucotomos (EPL), um fotoimunoprotector de origem natural ativo por via tópica e oral que se destina à proteção da pele contra os danos provocados pela radiação solar. A sua formulação enriquecida com antioxidantes naturais, chá verde e betacaroteno, neutraliza os radicais livres resultantes dos processos metabólicos do organismo e da agressão ambiental, conferindo uma proteção a vários níveis, anti-envelhecimento, antioxidante, imunológico e do DNA.
É indicado para pele sensível ao sol, exposição solar prolongada, peles com acne sujeitas a tratamentos fotossensibilizantes ou tratamentos estéticos (tipo peeling).
Modo utilização: 1 cápsula por dia, 15 dias antes, durante, e, 15 dias depois da exposição solar.
Já o Heliocare Ultra-D Cápsulas se destina à fotoimunoproteção de peles com sensibilidade extrema à radiação solar. Este cuidado oral diário confere proteção em situações de fotodermatoses, tratamentos com fármacos fotossensibilizantes e/ou imunossupressores, técnicas dermocosméticas, hiperpigmentações, antecedentes de cancer (cancro) cutâneo e coadjuvante em fototerapia.
Em cada cápsula está presente a DDR (Dose Diária Recomendada), de Vitamina D indispensável à manutenção da saúde geral do organismo, em particular das defesas imunológicas. Essa formula foi ainda reforçada com Vitamina E e Licopeno para conferir defesa antioxidante, e Luteína, para uma proteção adicional da mucosa ocular.
Modo de utilização:1 cápsula por dia, antes da exposição solar. Em caso de exposição prolongada, tomar 1 cápsula 4 horas após a primeira.
Aumenta as defesas naturais da pele e intensifica o bronze.
O Inneov Solar é indicado principalmente para peles sensíveis ao sol, geralmente as mais clarinhas ou muito delicadas. O objetivo é reforçar as defesas naturais da pele e reduzir os fenômenos de intolerância e sensibilidade ao sol. Além disso, ele ajuda a prevenir o fotoenvelhecimento e intensifica o bronzeado.
A exposição solar enfraquece os sistemas de defesa da pele contra os raios UV. E para aumentar essa resistência a L’Oréal em conjunto com a Nestlé criaram a fórmula do Inneov Solar.
O Inneov Sensibilidade Solar é indicado para todos os adultos de ambos os sexos, independentes do tipo de pele (até mesmo, e principalmente, as sensíveis e intolerantes).
Que fique bem claro que nenhuma dessas cápsulas tem proteção contra os raios solares, então é indispensável que usem um protetor solar durante a exposição ao sol!
Referências
1- Gonzalez S, Gilaberte Y, Phillips N. Mechanistic insights in the use of a Polypodium leucotomos extract as an oral and topical photoprotective agent.
2- Bhatia N. Polypodium leucotomos: a potential new photoprotective agent Am J Clin Dermatol. 2015 Apr;16(2):73-9.
3-Gonzalez S, Gilaberte Y, Philips N, Juarranz A. Int J Mol Sci. 2011;12(12):8466-75. Fernblock, a nutriceutical with photoprotective properties and potential preventive agent for skin photoaging and photoinduced skin cancers.
`4-Rohdewald P . A review of the French maritime pine bark extract (Pycnogenol), a herbal medication with a diverse clinical pharmacology. Int J Clin Pharmacol Ther. 2002 Apr;40(4):158-
7-El-Haj N, Goldstein N. Sun protection in a pill: the photoprotective properties of Polypodium leucotomos extract. Int J Dermatol. 2015 Mar;54(3):362-6.
O verão já está chegando, por isso preparamos algumas dicas especiais para você manter os seus cabelos saudáveis e bem cuidados durante toda a estação.
1- Quando for entrar na piscina, aplique antes um creme reparador, de preferência que contenha também filtro solar, para evitar que substâncias presentes na água da piscina ou água do mar penetrem na fibra capilar e alterem a cor ou a estrutura dos fios. Uma outra opção é borrifar os cabelos com água termal ou, se for mais fácil, deixar sempre a mão uma garrafa de água mineral para borrifar os fios depois de ter contato com água do mar ou água da piscina.
2- Como citei acima, a proteção solar dos fios é essencial. Para isso você pode usar cremes para cabelos com proteção solar ou bonés ou chapéus. O sol além de danificar a estrutura da fibra capilar, também pode alterar a cor e causar perda do brilho dos fios.
3– Durante a corrida, não deixe os fios soltos pois o atrito com o vento causa traumas na fibra capilar além de deixar os fios embaraçados. O ideal é prender os fios para que eles não embaracem com o vento porém de forma não muito apertada e usar algum creme reparador para que os fios permaneçam aderidos e não embaracem.
4- Evite aplicar o shampoo diretamente nos fios, o ideal e diluir o shampoo com um pouco de agua para só então aplicar nos fios. O shampoo deve ser aplicado mais na região do couro cabeludo que é o local em que se acumula mais a oleosidade e menos nas pontas para não causar ressecamento excessivo.
6- Em relação a aplicação do condicionador, ocorre o inverso. Este deve ser aplicado apenas no comprimento dos fios evitando contato como couro cabeludo que é normalmente mais oleoso. O excesso de oleosidade pode causar foliculites e dermatites.
7 – Evite que o condicionador escorra na sua pele durante o enxague, pois ele deixa um resíduo de oleosidade na pele causando ou agravando quadros de acne ou micoses.
Dicas de produtos by Style Guide:
Até a próxima e aproveitem bem o verão !!!
Fontes :
1-Richen M, Rezende CA.Morphological degradation of human hair cuticle due to simulated sunlight irradiation and washing.J Photochem Photobiol B. 2016 Aug;161:430-40.
2-Tang Y, Dyer JM, Deb-Choudhury S, Li Q. Trace metal ions in hair from frequent hair dyers in China and the associated effects on photo-oxidative damage. J Photochem Photobiol B. 2016 Mar;156:35-40.
O envelhecimento cutâneo é um processo complexo que envolve dois fatores principais: a perda de sustentação da pele e a contração repetitiva dos músculos da face. Esses dois fatores em conjunto geram o aparecimento de sulcos e rugas. A toxina botulínica como já falamos em outro post ( https://gabriellanegromonte.com/desvendando-mitos-sobre-o-uso-da-toxina-botulinica-botox/ ), trata as rugas decorrentes da contração muscular repetitiva e, os preenchedores ( geralmente a base de ácido hialurônico ) tratam a perda de volume e sustentação da pele.
Podemos observar, com o passar do tempo, que a nossa pele vai perdendo progressivamente a sustentação, tornando-se desidratada, facilmente pregueáveis e algumas rugas finas começam a se tornar visíveis. Isso ocorre pois produzimos com o passar dos anos, uma quantidade menor de substâncias que firmam a pele, como as fibras de colágeno e fibras elásticas. Para solucionar estes problemas foram desenvolvidas formas mais fluídas de ácido hialurônico, que são chamados de skinboosters. Neste tratamento micro gotas de ácido hialurônico são aplicadas abaixo da pele com o objetivo de restaurar essa hidratação que foi perdida com o tempo, causando uma melhora da flacidez além de conseguir também atenuar as rugas finas.
O ácido hialurônico é uma molécula encontrada naturalmente na nossa pele. Ele possui alta afinidade pela água e promove uma hidratação de dentro para fora . Os locais que mais se beneficiam desta aplicação são a face e áreas de pele que são mais delicadas como o dorso das mãos, o colo e o pescoço. Podemos também usar os skinboosters para amenizar as cicatrizes de acne.
Os resultados obtidos após o tratamento com os skinboosters são muito naturais. O paciente pode retornar as suas atividades logo após o procedimento, que costuma ser bem tolerado. O procedimento é realizado com anestesia local utilizando apenas cremes anestésicos. As sessões costumam ser mensais e geralmente são indicadas em torno de 3 sessões para cada região.
Fontes
1- Bertucci V , Linde CB . Current Concepts in the use of Small – Particle Hyaluronic Acid Plast Reconstr Surg. 2015 Nov;136(5 Suppl):132S-138S.
2- de Maio M. The minimal approach : an innovation in facial cosmetic procedues.Aesthetic Plast Surg. 2004 Sep-Oct;28(5):295-300.
3- Lee BM, Han DG, Choi WS. Rejuvenating Effects of facial Hydrofiling .Arch Plast Surg. 2015 May;42(3):282-7.
Ilustração que demonstra o efeito do ácido hialurônico na pele:
A – Pele sem viço e ressecada. B-Aspecto da pele imediatamente após a aplicação do skinbooster (as áreas brancas correspondem as microgotas de ácido hialurônico recém aplicado).C- Resultado final . O ácido hialurônico atrai moléculas de água que melhoram a hidratação da pele atenuando as rugas finas e firmando a pele.
A radiofrequência microagulhada utiliza duas tecnologias já consagradas na dermatologia: a radiofrequência e o microagulhamento. A novidade é que em um única sessão podemos nos beneficiar destas duas tecnologias que causam rejuvenescimento e renovação celular de forma simultânea. Este recurso utiliza agulhas finíssimas, banhadas a ouro e estéreis, de uso único, para a segurança dos pacientes. Estas microagulhas perfuram as camadas superiores da pele chegando até a derme. A partir daí, é disparada a radiofrequência, exatamente no ponto onde se encontram os fibroblastos, que são as células produtoras do colágeno. O microagulhamento atua desencadeando a formação de novas células na pele e a radiofrequência estimula a produção de novas fibras de colágeno. No final de algumas semanas a pele se torna mais firme e com menos rugas. Muitas vezes utilizamos esses pequenos canais formados durante o microagulhamento para potencializar a entrada nas camadas mais profundas da pele, de substâncias com ação clareadora ou rejuvenescedora, a depender da necessidade do paciente (drug delivery). Por ser um tratamento versátil, a radiofrequência microagulhada pode ser utilizada em casos de rejuvenescimento, em tratamentos para clareamento de manchas, em tratamentos para estrias e até mesmo para casos de queda de cabelos. Este é um tratamento seguro que pode ser utilizado inclusive em pacientes com peles bronzeadas ou morenas. Ele é contra indicado se houver algum ferimento ou infecção no local da aplicação e não deve ser utilizados em gestantes e em pacientes com tendência a cicatrizes elevadas ou queloides. Apesar do microagulhamento sugerir algo sofrido ou dolorido, o incômodo é discreto e o paciente não precisa se afastar de suas atividades no período pós procedimento.
Antes de pensar em descolorir os fios devemos estar preparados para cuidar muito bem deles após a mudança da cor. É preciso lembrar que a fibra capilar sempre sofre alguma agressão após o processo de descoloração. Por conta disso consideramos os fios descoloridos como fios fragilizados, logo eles merecem alguns cuidados especiais para se manterem sempre saudáveis, principalmente no período do verão. O primeiro passo envolve a escolha de um profissional competente para este trabalho, pois o dano de uma coloração mal sucedida pode ser duradouro e, algumas vezes, só se resolve com a “tesoura”. A seguir vou dar algumas dicas de como cuidar dos fios loiros.
1-Parece óbvio, mas nós devemos evitar fazer mais de um tratamento que agrida a fibra capilar no mesmo dia. Mesmo que você esteja com pressa e vontade de sair do salão com todos os seus problemas resolvidos de uma vez só, não é seguro realizar dois processos que agridam a fibra capilar simultaneamente. Alguns danos a fibra só são percebidos com o passar dos dias por isso, se o clareamento dos fios causou algum dano, teremos tempo para reparar o efeito da agressão anterior antes de partir para outro tratamento.
2 – Se os seus fios já estiverem danificados, vale a pena investir em tratamentos reparadores antes de se aventurar em uma nova cor. Não tem porque correr riscos.
3- Os fios tendem a ficar mais ressecados após o clareamento, então evite lavagens excessivas. Uma alternativa útil em alguns momentos, pode ser o uso de shampoos a seco. Abaixo segue nossa dica de produto:
4- Quando for colorir novamente deixar o produto agir apenas na raiz para o dano não se acumular.
5- Existem produtos para cuidar dos fios loiros que podem ser usados antes, do procedimento de clareamento. Eles possuem o objetivo de blindar os fios das agressões, formando uma camada protetora minimizando os danos a fibra capilar. Abaixo nossa dica de produto:
6-Outros produtos são indicados para serem usados durante o processo de clareamento. Segundo o fabricante, tais produtos devem ser misturados ao descolorante e a sua ação é a de proteger os fios sem interferir na ação do clareador. Abaixo segue nossas dicas de produtos que devem ser misturados ao descolorante:
7- Depois de descolorido é necessário o uso de shampoo e condicionador específicos para cabelos loiros e sempre que possível, devemos realizar a hidratação dos fios e, se necessário, algum spray protetor da cor. Abaixo seguem nossas dicas de produtos:
A aplicação da toxina botulínica representa o procedimento dermatológico não cirúrgico mais frequente em todo o mundo. Este fato deve-se em grande parte ao alto grau de satisfação por parte do paciente .
Muitas pessoas não sabem, mas o uso da toxina botulínica para fins estéticos, foi descoberto de forma acidental. Na verdade, a medicação foi liberada inicialmente para tratamentos de espasmos musculares. Foi durante uma aplicação corriqueira para tratamento do blefaroespasmo, um tipo de espasmo involuntário que acomete os músculos das pálpebras, que uma médica percebeu uma diminuição acentuada das rugas ao redor dos olhos após o tratamento. A partir desta descoberta o estudo dos efeitos da toxina botulínica no tratamento das rugas de expressão levou a uma verdadeira revolução na dermatologia. E esta revolução não está restrita ao tratamento das rugas, uma vez que novas indicações para o uso da medicação não pararam de surgir. Podemos citar o seu uso em casos de suor excessivo, enxaqueca, dor crônica e até mesmo em casos de depressão.
Mesmo sendo um tratamento já consagrado, ainda são comuns dúvidas e receios por parte dos pacientes. Essas dúvidas acabam levando ao surgimento de alguns conceitos equivocados envolvendo a toxina botulínica. É sobre esses mitos que vou falar a seguir.
Mito número 1: a aplicação da toxina não funcionou em mim!
Com exceção de raríssimos casos de resistência primária (ausência de resposta na primeira aplicação), o relaxamento da musculatura no local da aplicação ocorre na grande maioria dos pacientes. Muitas vezes a sensação de pouco efeito sobre as rugas ocorre não porque o músculo não foi paralisado, mas porque a ruga já estava marcada na pele. Nestes casos é importante avisar ao paciente que a aplicação da toxina botulínica irá atenuar, mas não fará a ruga já marcada desaparecer por completo. As rugas que só aparecem com o movimento dos músculos da face, estas sim, apresentam uma melhor resposta ao tratamento e geralmente desaparecem completamente.
Um efeito menor do que o desejado pode ocorrer em pacientes que tenham músculos mais volumosos, nestes casos a dose deve ser recalculada. Uma resposta insatisfatória também pode ocorrer por conta de outros fatores como o uso associado de outras medicações, por uma diluição inadequada da medicação utilizada, ou pela formação de anticorpos por aplicações repetidas. A aplicação de forma acidental da medicação dentro de um vaso sanguíneo e não no músculo também pode comprometer a sua eficácia. Existem ainda fatores individuais de cada organismo que podem contribuir para um resultado mais fraco em alguns pacientes.
Além disso muitos pacientes acreditam que o efeito só ocorreu quando houve a paralisia completa dos músculos no local da aplicação. A paralisia completa em muitos casos não é o objetivo principal do médico dermatologista ou cirurgião plástico, pois gera um rosto com expressão congelada e muitas vezes artificial. O objetivo principal da aplicação da toxina é o relaxamento da musculatura causando a atenuação das rugas já formadas e impedindo ou retardando a formação de novas. Se isso aconteceu, houve um resultado satisfatório.
Mito número 2 -Quando mais cedo eu fizer a aplicação melhor.
Na verdade, a hora da primeira aplicação não é determinada pela idade do paciente mas sim pelo início da formação de rugas estáticas (rugas que aparecem quando estamos com os músculos do rosto relaxado). Esta é a hora ideal para começarmos a aplicação da toxina botulínica. Aplicar antes da ruga começar a marcar não vai trazer nenhum benefício comprovado e, depois que a ruga já estiver marcada pode ser tarde demais. A idade do aparecimento dessas rugas varia de individuo para individuo. Algumas pessoas chegam a sexta ou sétima décadas de vida sem necessitar do tratamento e outros já apresentam rugas marcadas na segunda ou terceira década de vida.
Mito número 3 -A aplicação vai me deixar dependente se eu não aplicar novamente.
Muito pelo contrário, uma vez que o paciente se submeteu a aplicação da toxina botulínica, mesmo que a contração retorne, as rugas costumam voltar de forma atenuada (foto abaixo). Caso a pessoa não queira aplicar novamente, não haverá nenhum prejuízo. Esta sequência de fotos mostra o paciente antes da aplicação, 30 dias após com quase nenhuma contração, e 10 meses após a aplicação, já com retorno da contração da musculatura, porém com rugas mais suaves do que as observadas na foto antes da aplicação.
Na verdade, o que parece ser um procedimento simples, as vezes oferecido de forma banal não é tão simples assim. E necessário, além do domínio da técnica, o conhecimento profundo da a anatomia da face para não levar a um resultado artificial. Devemos sempre levar em consideração as características físicas do paciente como sexo, idade, padrão de envelhecimento, uso de medicações e condições de saúde de cada um, para que a aplicação tenha um resultado satisfatório.
Sequência de fotos que mostra a característica das rugas antes e após 15 dias, 3, 4 , 7 e 10 meses da primeira aplicação.
Fontes
1-Kruger TH, Wollmer MA. Depression :An emerging indication for botulinum toxin treatment. Toxicon. 2015 Dec 1;107(Pt A):154-7.