Beleza e Saúde
Março 29.2017
O óleo de côco sempre esteve ao nosso alcance, porém só recentemente as utilidades desta substância milenar começaram a ser estudadas e desvendadas.
Nos últimos anos, diversos trabalhos científicos conseguiram comprovar os já conhecidos benefícios do óleo de côco, e as suas inúmeras utilidades começaram a ser estudadas em maior profundidade.
Na área dermatológica o óleo de côco possui múltiplas aplicações. Ele é composto quase que 90% por triglicérides e possui função hidratante para a pele e cabelos.
Nos cabelos, o uso deste óleo conseguiu diminuir a quebra dos fios induzida pela escovação e a perda de proteína da superfície dos cabelos, quando comparado com o óleo mineral e o óleo de girassol. Acredita-se que isto ocorra devido a composição especial do óleo de côco, que tem afinidade pelas proteínas que compõem os cabelos, e pelo seu baixo peso molecular, que possibilita que o óleo de côco consiga penetrar em profundidade nas fibras e reter a umidade dos fios.
Observou-se também que as mulheres indianas que utilizam este óleo nos cabelos possuíam uma menor chance de desenvolver micoses quando comparada as mulheres que não utilizavam. Sugerindo um efeito antifúngico desse óleo.
Crianças prematuras que usaram o óleo de côco como emoliente conseguiram um melhor ganho de peso por conta do seu efeito termo protetor, melhorando a regulação térmica da pele destes bebês .
O óleo de côco possui ação também contra os piolhos, conseguindo destruir por volta de 80% dos parasitas quando utilizado nos cabelos pelo período de 4 horas sem os efeitos tóxicos das medicações tradicionais.
Os estudos científicos atuais são ainda preliminares mas em geral todos indicam grandes benefícios desta substância não só na área da dermatologia mas em muitas outras. Vamos aguardar novos usos desta substância multifuncional.
Referências
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4-Sankaranarayanan K, Mondkar JA, Chauhan MM, Mascarenhas BM, Mainkar AR, Salvi RY. Oil massage in neonates: an open randomized controlled study of coconut versus mineral oil. Indian Pediatr. 2005 Sep;42(9):877-84.
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Por: Dra. Cristiana Silveira
Dra. Cristiana Silveira, Médica Dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD). É Mestre em Dermatologia pela Universidade de São Paulo (USP) e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA). CRM 14456/ RQE 5895
