Bate-papo com Maurício Vasconcelos, criador e proprietário da empresa TJ – Tamu Junto Entretenimento – responsável pela criação e execução das festas de Ano Novo e de Carnaval em São Miguel dos Milagres, Alagoas.
Nosso bate-papo aconteceu no dia 02 de janeiro de 2016, na casa do próprio Maurício, em São Miguel dos Milagres – o lugar tem uma das vistas mais incríveis que já vi. Eu esperei ansiosamente por sete dias para entrevistá-lo e valeu cada segundo. Maurício Vasconcelos é definitivamente um nome para se ter em mente, não há dúvidas que o Brasil vai continuar ouvindo muito falar dele.
Empreendedor jovem, visionário com ideia sustentável de um negócio que movimenta milhões: ele prefere manter o negócio pequeno para não danificar a região. Poucos são como ele no Brasil e sua conduta empresarial deveria se tornar um viral entre jovens empresários.
A entrevista segue abaixo:
Gaby – Maurício, parabéns pelo evento! Fiquei surpresa com sua estrutura. Vocês esgotaram os ingressos em 20min quando os colocaram a venda na internet e foram considerados, pela terceira vez consecutiva, como um dos melhores Réveillons do Brasil. Como tudo isso começou?
Maurício – Eu estudei na FAAP em São Paulo e sempre gostei de reunir turmas. Foi daí que nasceu o Tamu Junto. Trazia os amigos para cá e nos anos seguintes os amigos queriam trazer os amigos e então resolvi fazer uma festa, que seria para 50 convidados e terminou que no final foram para 500 pessoas. No ano seguinte, resolvi fazer uma festa mais organizada em Maceió e o que era para ser uma festa para 500 convidados tornou-se para 1500. Depois disso, conversei com minha família e resolvi levar a sério essa coisa de festa, comecei a organizar eventos em Milagres e criei a TJ – Tamu Junto Entretenimento.
Gaby – A gente percebe nos eventos que a turma tem um alto nível, até porque o combo não é barato e o custo da viagem toda tampouco. Você tem uma preocupação de não popularizar o evento?
Maurício – Acho que temos um valor justo. Você que experienciou as festas, achou justo o que pagou?
Gaby – Acho que vale cada centavo. Fui a todos os eventos e não vi faltar nada durante toda a noite: uma superestrutura para nos receber, uma boa música. Aliás, tudo muito bem organizado e planejado. Fiquei impressionada.
Maurício – Não comportamos um grande número de convidados ainda devido à infraestrutura do local, então tentamos manter um nível para que possamos ter um evento deste porte.
Gaby – Como começou a parceria com a Fish Fire?
Maurício – Eles começaram produzindo uma festa e hoje produzem todas, ficando com uma percentagem do lucro das festas. Foi uma parceira que deu e tem dado certo. Passamos o ano aqui organizando tudo.
Gaby – Fiquei muito impressionada com todo o projeto sustentável do evento. Conversei um pouco com Felipe Bastos e Walmy Becho sobre isso. Gostaria que você também me falasse sobre esse projeto.
Maurício – Sempre tive uma preocupação de fazer um evento sustentável e não causar danos ao meio ambiente da minha região. Você deve ter notado que temos coleta seletiva por todos os lados nos eventos. Existem pessoas que as coletam sempre e levam para um setor criado em cada espaço de eventos para limpar e deixá-los prontos para reciclagem. Temos também uma Fossa de Vapotranspiração, inédita no país, que trata a água de banheiros e esgotos dos eventos. Existe uma qualificação do ISO chamada bandeira azul, que é a maior qualificação que uma praia pode ter. Enquanto Portugal possui mais de 100 praias com essa qualificação, o Brasil possui apenas 3. Estamos lutando para ter essa qualificação e acredito que com o nosso projeto vamos alcançar esse objetivo.
Felipe Bastos e Walmy Becho
Gaby – Como você consegue fazer todo esse projeto sustentável durante o ano todo? As propriedades são alugadas ou são suas propriedades?
Maurício – Todas as propriedades do evento são minhas e de minha família, o que facilita a viabilização do projeto.
Um pouco do projeto sustentável de Milagres
Gaby – O seu atendimento nos eventos é muito cordial, e isso me chamou muita atenção. Você faz algum preparo de atendimento com seus funcionários e pessoas da comunidade?
Maurício – Venho de uma família com histórico na área de hotelaria, mas nosso trabalho não é sobre atendimento e sim sobre valores. O valor da nossa terra, do nosso trabalho, das nossas praias, enfim, trabalhamos o ano inteiro com a comunidade nesse sentindo e vem dando certo.
Gaby – E nesse evento, quantos ingressos foram vendidos no total?
Maurício – Dois mil ingressos. Eu poderia ter vendido mais mil e ganhado mais dinheiro, mas se eu superasse a capacidade local de atender o público do evento faltaria água, energia e não é isso que eu quero. Buscamos fazer um trabalho em que o público saia satisfeito e queira voltar, e, se eu fizer isso, meu público não volta. Estamos trabalhando com a comunidade para atender um maior número de pessoas, e, quando isso for possível, o faremos.
DJ Pedro Almeida tocando no Pôr do Sol da Farofada
Gaby – É impressionante como seus eventos movimentam essa comunidade. Conversei com muitos nativos e todos têm um respeito e um carinho enorme por você e seu trabalho. Quanto o seu evento movimenta na região?
Maurício – Nosso evento movimento em torno de 100 milhões, pois existem milhões de entidades envolvidas: empresas aéreas, aluguéis de carros, aluguéis de casa, restaurantes, energia, água, etc.
Sambinha no Bar de Praia
Gaby – Você quase não faz publicidade do evento e tão pouco usa famosos para atrair pessoas para cá. Então, qual o segredo do sucesso do Réveillon dos Milagres?
Maurício – Eu sou muito criterioso e me empenho muito em tudo que faço. Gosto de tudo bem feito e organizado, sou perfeccionista. Mas acho que o segredo não está em trazer famosos, não quero essa publicidade, o segredo é a experiência proporcionada não só pelos eventos, mas pelo local. O que queremos é fazer as pessoas se surpreenderem e quererem voltar.
Gaby – E vocês conseguem mesmo. Já quero voltar próximo ano! E o que esperar do primeiro ano do Carna Milagres?
Maurício – Queremos trazer um pouco de volta os carnavais antigos. Teremos bloco de rua, vai ser diferente do Réveillon. No Réveillon vemos muitos grupos vindo, mas a intenção do Carna Milagres e atrair pessoas sozinhas para interagir com outras e não grupos.
*Os amigos que foram para o CarnaMilagres amaram!!
Gaby –E para o Réveillon do próximo ano, o que podemos esperar?
Mauricio – Um Réveillon ainda melhor que esse ano, pode ter certeza.
Gaby – Mal posso esperar!
*Todas as fotos estão na nosso sessão de eventos! Vale a pena conferir essa farra!!!
Gabriella Negromonte: Estilista, Consultora de Moda, Consultora de Imagem, Empresária, Turismóloga, GlobeTrotter e curiosa!!!
Começo a escrever essa matéria já no meu bloco de notas do celular, pois ainda estou êxtase desses dias que passei Milagres – não podia deixar escapar a minha emoção de oito dias no Paradiso Perduto.
A minha jornada para São Miguel dos Milagres começou em julho, quando em um grupo de amigos, o Fernando Morbeck, um amigo baiano que mora em São Paulo, nos convidou para o “Réveillon dos Milagres”.
Foram cinco meses de planejamento e grande expectativa de todo o grupo (um total de 15 pessoas) que ficaria em minha casa, nomeada “Leaders House”(A casa dos líderes), já que havíamos criado um movimento chamado #FollowTheLeaders (Sigam os Líderes).
Os combos das festas de Milagres se esgotaram em 20 minutos quando colocados à venda no site do Réveillon de Milagres. Sim, eles só vendiam combos com seis ingressos de festas e não vendiam ingressos avulsos! A publicidade da TJ -Tamu Junto Entretenimento, produtora do evento, não está focada em atrair pessoas pelos famosos que passam por ali, mas sim pela experiência vivenciada no local. Por essa razão, minha curiosidade aumentava a cada dia, eu precisava entender de onde vinha tanto sucesso.
Quando um site local me convidou para cobrir os eventos, me comprometi a vivenciar profundamente todas as experiências de sete dias de festa. Missão dada para mim tinha que ser missão cumprida e aí que começava a minha jornada…
No vôo de Salvador para Maceió, no dia 26/12/2015, de apenas 45 minutos, estavam cinco dos 15 integrantes da casa. No aeroporto nos reunimos aos outros integrantes e começava a logística: mercado, carros, som, bebidas, tudo minuciosamente planejado pelos nossos Líderes Reinaldo Salomão e Geraldo Correia. Sugiro que quem tenha vontade de ir para Milagres, organize-se com antecedência, pois o lugarejo não tem estrutura ainda: o mercado, por exemplo, precisa ser feito em Maceió, pois não existem bons mercados naquela região.
A estrada era sinuosa, mas nem sentimos muito porque a emoção era muito grande e o que realmente nos importava era chegar e começar a maratona de sete dias de festa. A nossa casa era linda, arejada, com piscina, bem localizada e próxima de uma das melhores praias da região: a Praia do Riacho.
Galera reunida, tudo o que pensávamos era chegar no “Bar de Praia”. O acesso ao Bar pela Praia do Marceneiro foi fácil, já que nossa casa era bem localizada e levamos apenas 10 minutos. Lá coletamos o combo de convites das festas noturnas. Tudo em mãos, era hora da festa começar…
O “Bar de Praia” foi impecavelmente arquitetado pelo Estúdio BG de Felipe Bastos, Antônio Brandão e Murilo Gabriele, com decor de Walmy Becho. Uma coisa me chamou muito atenção logo na minha chegada: a preocupação pelo meio ambiente, a começar pela decoração, com a utilização de materiais recicláveis. Coletores de lixo seletivos espalhados por todo o bar e sempre alguém o coletando.
Eu, muito curiosa, quis mais informações sobre o bar e fui atrás de Felipe Bastos. Assim, batemos um papo sobre o projeto e ele me falou da preocupação em criar um lugar que atendesse o evento, mantendo a rusticidade do local e pensando na preservação do meio ambiente. Felipe me apresentou Walmy, que estava super orgulhoso e feliz com o resultado da parceria. E não era para menos, já que o local atendia muito bem as expectativas do público exigente – Lounges Privê para aqueles que buscavam exclusividade foram posicionados de frente para o mar, dois bares grandes atendiam o público, pequenos restôs fora do bar traziam uma alimentação rápida e diferenciada aos visitantes e ainda havia uma lojinha com os bonés do evento e outros acessórios. Tudo foi muito bem pensado e arquitetado.
Existia um problema com a conexão Wi-Fi e com funcionamento de celulares e cartões de crédito. Eles, muito inteligentes, criaram um sistema interno de cartão de crédito. Uma certa quantia era depositada nesse cartão e podíamos usar esse saldo no Bar de Praia.
Ainda nesse primeiro dia, conheci Maurício Vasconcelos, o idealizador de todo projeto do Réveillon e dono da TJ- Tamu Junto Entretenimento. Fiquei surpresa com sua simplicidade e carisma. Ele estava acompanhado de sua noiva e de PR, do projeto Ramona Zanon, ambos muito atenciosos e me contaram um pouco do projeto. Então, pedi uma entrevista, mas eles me deram a dica: que eu vivesse Milagres primeiro e depois então fizesse a entrevista. Só depois eu entenderia o porquê…
A festa então começou! Não pude acreditar quando vi, no alto do Bar de Praia, meu DJ favorito e um dos melhores do Brasil, Pedro Almeida. O primeiro dia não poderia ter começado melhor! Que energia contagiante!
Foram sete dias de festas diurnas no Bar de Praia e seis noturnas. A “Farofada” foi primeira festa do combo dos eventos noturnos e, diga-se de passagem, foi uma das mais espetaculares. O local era simplesmente de cair o queixo. Aliás, amanhecer com o aquele mar verde ao fundo e ao som do Dj Pedro Almeida foi simplesmente inesquecível. A festa começou com Jamil e Pedro fechou a noite com chave de ouro.
Preciso admitir que logística das festas foi uma coisa de primeiro mundo. Deixávamos o carro num estacionamento e já havia dezenas de vans aguardando para transportar os convidados, sem nenhuma espera. A festa foi recheada de muita gente linda e bebida não faltou a noite toda – lembro que as festas noturnas do combo eram Open Bar. A cerveja Corona, que era uma das patrocinadoras, montou pequenos Stands por toda a festa, oferecendo cervejas estupidamente geladas. Aliás, depois eu descobri que a Corona havia escolhido apenas três lugares do Brasil para patrocinar, aqueles que apostaram serem os melhores do país: Milagres, Fernando de Noronha e Trancoso. E acertaram em cheio!
No dia seguinte, com poucas horas de sono, o som da nossa casa já bombava: era a chamada para o terceiro dia do Bar de Praia. No dia 28 tínhamos reservado um Lounge Privê para o nosso grupo. Nesse Réveillon, Maurício e o os produtores da FishFire trouxeram muitas surpresas. Fui surpreendida a cada dia com um elemento novo e único. O atendimento do Lounge foi impecável, pois tínhamos uma garçonete exclusiva a nossa disposição. Resultado: bebida sempre gelada e comida de primeira. Achei bem interessante a maneira como eles vendiam a comida do Bar da Praia, pois garçons com bandejas com iguarias fresquinhas da região rodavam o bar e, caso quiséssemos adquirir, era só pegar e passar o cartão do evento. Achei isso o máximo! Antes de pensar em pedir, nossa fome era atiçada por delícias irresistíveis.
À noite tivemos a segunda festa do combo, a “Flower Power”, e juro que parei e pensei que não conseguiria levar adiante, nesse ritmo frenético, por mais 5 dias. Mas enfim, o negocio foi “Go with the flow”(seguir o fluxo). A segunda festa aconteceu na casa da fazenda de Maurício, lugar com uma vista espetacular, no alto de Milagres.
Acordo dia 29 destruída, mas simplesmente enlouquecida com a energia daquele lugar. É como se o nosso combustível fosse a energia e a alegria proporcionada por tanta gente linda e legal e pelas festas ultra organizadas. Mas mais ainda foi a curiosidade de saber o que mais viria pela frente.
Quarto dia de Bar de Praia com sambinha e à noite seria uma das festas mais esperadas e com certeza uma das melhores do combo, A “Oscar Party”, que já tem um rótulo de sucesso no Brasil e não decepcionou em Milagres. Mais uma vez vimos o sol raiar ao som de muita música eletrônica e uma vista que deixa uma marca na nossa memória.
Quinto dia. Já nem me lembrava do cansaço, já tinha pegado o ritmo intenso de Milagres e queria mais. A Festa do combo “I Believe in Miracles-Corona Sunset”, na Fazenda de Maurício, começaria mais cedo e não haveria Bar de Praia para nós. Na entrada, ganhamos chapéus estilo Panamá e assistimos a um dos pôr do sol mais lindos da vida. O palco foi da Corona e, mais uma vez, tudo muito bem estruturado. Houve uma pequena falha no som, mas uma pequena bobagem, porque as falhas são tão menores do que os acertos dos organizadores, que passam despercebidas. A festa acabou cedo, já que o dia seguinte seria a grande noite da virada.
A maior expectativa desses dias todos era a Festa do “Réveillon dos Milagres”. Nosso grupo resolveu ir a pé pela praia, já que o local da festa era próximo da nossa casa. No caminho, nos deparamos com cavaleiros com lanternas na mão para nos guiar à entrada da festa, mais uma das surpreendentes peripécias da organização do evento. Na porta havia uma pessoa da produção muito cordial e nos desejando um Feliz Ano Novo e uma ótima festa. A cordialidade e a gentileza foram características marcantes de quem trabalhava nos eventos. Essa pessoa da produção nos guiou até porta de entrada, onde logo fomos surpreendidos pela decoração de boas-vindas com quatro largas bacias de cordas, recheadas de sal grosso, e cestas de flores brancas para presentear Yemanjá na virada. Pulseiras de cordão brancas também foram distribuídas para enfeitar nossos pulsos.
Os looks dos convidados eram os mais variados, por isso uma das coisas que mais gostei em Milagres foi poder estar sempre despojada. Que delícia estar sempre de havaianas no pé! Algumas moças exageraram no look da noite, diga-se de passagem, mas a maioria estava de branco com vestidos frescos e coroas de flores na cabeça.
Numa Kombi, a DJ Marina Diniz agitava a galera, mas o set escolhido pela badalada Dj não agradou muito, esse foi o comentário geral. Preciso admitir que esperava uma DJ, ou um set melhor para dar a largada da noite mais almejada de Milagres. No espaço interno, tinha um bar e um buffet deliciosamente montado por Wanderson Medeiros. Tudo maravilhosamente projetado. Bebida e comida de primeira não faltaram durante a noite toda e, quando amanheceu, um café da manhã espetacular foi montado na mesma mesa.
E vem chegada a hora da virada, estávamos todos posicionados na beira da praia, perto de um letreiro enorme com os dizeres: “I Believe in Miracles”, slogan do evento. Como não podia faltar na virada, muitos fogos no céu iluminaram essa noite perfeita.
Corri atrás de quem estava na festa e para saber o que eles estavam achando sobre tudo. No Lounge dos organizadores, bati um papo com Victor Collor de Mello, que não poupou elogios ao grande empreendedor Maurício Vasconcelos. Rodrigo Santoro e Marcelo Serrado estavam ali pertinho, mas não quiseram ser entrevistados e fotografados. Maurício me disse que eles estavam ali apenas para curtir a festa.
Os DJs internacionais Gamber & Dadoni e, em seguida, The Juns assumem as pick-ups e a galera vibra. Em algum momento da festa, Maurício me chama e pergunta: “Gabriella, você ainda quer sua entrevista?!”, eu respondo: “Claro que sim, agora mais que nunca”. E marcarmos um encontro para o dia 02.
A noite da virada foi incrível, mas eu esperava mais dos Djs. Esperava um “Alok”, “Make u Sweat” ou “JetLag”. Vale ressaltar que os DJs brasileiros que não deixam nada a desejar para qualquer DJ de fora. Esperava também que a festa fosse até o meio-dia, reparem bem meu ritmo…rsrs, mas foi tudo maravilhoso, pois esse lugar, com essa produção, seria impossível que não fosse.
Primeiro dia do ano, festa privê do “Leaders House” (na minha casa) com os DJs E-Double, que foi até a manhã e acabou na piscina com as cariocas mais sangue bom que já conheci. Que delícia é reencontrar amigos e fazer novos. Tenho certeza que a energia daquele lugar proporciona isso.
Às 8:30 da manhã, do dia 02 de Janeiro, já estava de pé e ansiosa pra a entrevista com Maurício. E às 10h estava na sua fazenda como combinamos. E a entrevista/bate-papo segue em outra matéria na íntegra, não deixem de ler!!
Sai da entrevista com Maurício apaixonada por sua ideia de empreendedorismo sustentável e encantada por sua paixão pelo seu Estado. Acho que o segredo do sucesso desse projeto de Milagres, além de uma equipe que tem uma grande sincronia, é o amor de Maurício por aquele lugar. Morei em tantos países e já conheci tanta gente interessante, mas poucos como Maurício. Ele é um empreendedor que vai além do lucrar a qualquer custo, ele pensa no bem-estar e desenvolvimento da sua comunidade. Se tivéssemos mais homens assim, com certeza seríamos uma nação diferente. Não é a toa que ele É O Cara! Respeitado e admirado por todos daquela comunidade. O trabalho dele é único e preciso reconhecer que ele não é um cara comum, ele é um dos caras mais visionários que tive o privilégio de conhecer.
Depois da entrevista, nos reunimos para conhecer a Cozinha 212 de Victor Collor de Mello e Stefan Weitbrecht. Lugar agradabilíssimo, um dos melhores restô da cidade! Lembro que foi um projeto temporário.
Tomamos a melhor roska de limão siciliano da vida e passamos ali a despedida saudosa antes da última festa do combo, chamada “Esbórnia”. Victor e eu batemos papo, ele me disse: “Gaby, meus dias foram aqui trabalhando.” Virei fã do Victor, cara super educado, trabalhador, talentoso e muito modesto. Perguntou-me se havia curtido a comida e o local que ele montara, eu, por conseguinte achei tudo maravilhoso, só estava triste mesmo era de partir.
Partimos para a última festa um pouco tristes, meios saudosos, mas ao mesmo tempo muito felizes de ter estado juntos nesses oito dias incríveis. Quando a festa acabou e a música parou, a produção agradeceu a presença de todos e um coro ao fundo de todas as pessoas que ali estavam cantavam “a canção” que marcou todos esses dias: “Oração”, música da Banda Mais Bonita da Cidade. Foi tão emocionante que me arrepio só de lembrar. Tinha que ter um fechamento assim mesmo emocionante, arrepiante, inesquecível!
Fiquei parada lá com uns amigos pensando em toda essa experiência e, de repente, encontro Maurício e ele me pergunta: “Gostou?!”, e eu respondi: “Os melhores oito dias da minha vida!”, agradecendo a ele por ter criado esse evento. Minha vontade mesmo era de abraçá-lo e chorar (não sei se de alegria ou de tristeza) por esses momentos especiais terem durado apenas oito dias.
Sou Globe Trotter desde os 15 anos e já passei o Réveillon em tantos lugares diferentes, mas nunca, nunca mesmo tive uma experiência que se igualasse ao que vivenciei em Milagres. Eu acho que é isso que eles querem, que a gente viva a experiência Milagres! Só quem viveu sabe. Digo com todas as letras, quando me perguntam como foi o seu Réveillon: “O melhor da minha vida! Volto todas às vezes que puder!” e, como acredito em Milagres, acho que vou voltar muitas vezes para viver Milagres.
*Todas as fotos estão na nosso sessão de eventos! Vale a pena conferir essa farra!!!